Cinema

posted in: Blog | 0

Drácula: Uma História de Amor

Focando-se no Drácula como anti-herói trágico e romântico, Luc Besson mostra boas ideias no novo filme com a histórica personagem. Outras nem tanto.

A Time Out diz

O realizador francês Luc Besson dá aqui a sua interpretação da história clássica de Bram Stoker, com Caleb Landry Jones como Drácula e Zoë Bleu num duplo papel, o de Maria, por quem o aristocrático vampiro se apaixona loucamente, e o da sua mulher, Elisabeta, morta no século XV durante a invasão dos otomanos. A história passa-se agora na Paris de finais do século XIX, e Besson explora a eterna busca por amor e a esperança de reencontrar a alma gémea através dos tempos, mais do que a componente de terror sobrenatural do livro de Stoker. Drácula é agora um anti-herói trágico e romântico, castigado por desafiar Deus, blasfemar e ter morto um bispo, há boas ideias (o ataque final do exército romeno ao castelo do vampiro) a coexistir com outras menos felizes (a busca pelo perfume irresistível), uma curiosa ambiência de banda desenhada ao longo de todo o filme (lembremos que o realizador já adaptou ao cinema as aventuras de Valerian e de Adèle Blanc-Sec), Christoph Waltz personifica um imperturbável padre caçador de vampiros que é a versão eclesiástica de Van Helsing, e o final é uma original surpresa.

Downton Abbey: Grand Finale

Uma despedida ao melhor nível para a saga da família Crawley e dos seus fiéis e dedicados empregados.

A Time Out diz

Escrito, como sempre, por Julian Fellowes, este terceiro filme deverá ser o derradeiro dos que foram feitos após o colossal sucesso internacional da série homónima criada por aquele. É também o primeiro sem Maggie Smith, cuja personagem morreu no anterior, Downton Abbey: A Nova Era (2022), realizado, como este, por Simon Curtis. Estamos em 1930, logo após o enorme e trágico crash financeiro que abalou os EUA e as bolsas mundiais.

Lady Mary vê-se envolvida num escândalo público devido ao seu muito mediatizado divórcio, e a família enfrenta problemas de liquidez, por causa dos investimentos desastrados do bem-intencionado mas incompetente tio americano, Harold (interpretado por Paul Giamatti). Assim, os Crawley são forçados a abraçar a mudança, com a geração seguinte a liderar Downton Abbey para o futuro e garantir a continuidade do seu bom nome, da propriedade e da tradição. E há também uma importante passagem de testemunho ao nível do pessoal da centenária casa senhorial.

Fellowes, Curtis e todo o elenco e equipa técnica sabem muito bem o que fazem, da recriação da época à elaboração do enredo e à interacção das personagens, e Downton Abbey: Grand Finale, dedicado a Maggie Smith, é um final lógico e uma despedida ao melhor nível para a saga da família Crawley e dos seus fiéis e dedicados empregados, também eles uma “família” em si. E tem a participação especial de uma das maiores celebridades da época, Noel Coward, que, usando o seu carisma, talento e afabilidade, vai ajudar Lady Mary a recuperar a credibilidade social perdida.

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *